Bebida láctea pronta para beber com Whey é a nova queridinha do mercado

Bebida láctea pronta para beber com Whey é a nova queridinha do mercado

*Por Ana Paula Forti, diretora de processamento da Tetra Pak Brasil

Quem visita um supermercado, mercearia ou até farmácia já percebeu a crescente presença de uma nova categoria de bebidas que, até pouco tempo, era praticamente inexistente no Brasil: as bebidas lácteas prontas para beber com whey protein. Essa categoria vem ganhando destaque no mercado brasileiro de alimentos e bebidas, especialmente em um contexto no qual conveniência e nutrição são prioridades para os consumidores. Esses produtos se tornaram uma opção saudável, prática e saborosa para aqueles que buscam um estilo de vida equilibrado e ativo.

Com a crescente preocupação com uma alimentação mais saudável, as bebidas proteicas se consolidaram como uma alternativa ao snack tradicional, beneficiando tanto atletas quanto pessoas que desejam melhorar sua dieta diária. As bebidas com whey oferecem altos níveis de proteína, favorecendo a recuperação muscular e fornecendo energia ao longo do dia. Essa demanda é impulsionada pelo fortalecimento do movimento de saudabilidade, que ganhou ainda mais relevância após a pandemia, quando o foco na saúde se intensificou.

Para atender aos anseios dos consumidores, é fundamental aos fabricantes que desejam se adaptar à essa tendência crescente garantir a qualidade, a segurança e o sabor das bebidas. Além disso, a diversificação do portfólio, adaptando produtos já existentes para novas embalagens é uma estratégia importante para impulsionar o crescimento e ampliar as opções disponíveis aos consumidores.

A indústria do leite no Brasil está passando por uma fase de revitalização, com um portfólio diversificado que inclui leites sem lactose, com menor teor de gordura, leite tipo A2 e as bebidas proteicas com whey. Esses produtos atendem a nichos específicos, tornando as marcas mais competitivas. O segmento de bebidas lácteas prontas para beber com whey, que em 2022 representou cerca de 4% das vendas de leites aromatizados, segundo a consultoria Nielsen, já demonstra um crescimento expressivo e tem grande potencial de expansão.

Segundo dados da Mordor Intelligence, o mercado global de bebidas proteicas prontas para beber foi avaliado em 1,3 bilhão de dólares em 2020, com uma projeção de crescimento de 7,72% ao ano até 2027. No Brasil, o crescimento desse segmento é ainda mais acentuado, com um aumento de 48% nas vendas entre 2021 e 2022. Em 2023, a Tetra Pak registrou um salto de 82% nas vendas de embalagens para bebidas proteicas, passando de 132 milhões de unidades em 2022 para 242 milhões em 2023. Marcas tradicionais de leite UHT em embalagens cartonadas já estão explorando essa nova oportunidade de mercado, mas ainda há espaço para novos players entrarem nessa disputa.

Produtos com atributos de maior saudabilidade e sustentabilidade oferecem um valor agregado nas prateleiras, e os consumidores brasileiros estão dispostos a pagar por isso. De acordo com o Tetra Pak Index – estudo que identifica as tendências de consumidores, promovendo novas oportunidades de crescimento para clientes em todo o mundo –, 31% dos brasileiros afirmam que estariam dispostos a pagar um pouco mais por produtos que atendam a essas preocupações. O relatório analisa as preferências dos consumidores em relação à saúde e sustentabilidade, destacando o que eles buscam em termos de alimentos.

A popularidade das bebidas prontas para beber com whey reflete uma transformação nos hábitos de consumo e cria uma oportunidade significativa para a indústria de alimentos e bebidas. Empresas e laticínios interessados em aproveitar essa tendência devem buscar parceiros estratégicos que possam garantir um crescimento sustentável nesse mercado em expansão, oferecendo produtos de alta qualidade que atendam às expectativas dos consumidores modernos.

*Ana Paula Forti iniciou sua jornada na Tetra Pak em fevereiro de 2010, em Monte Mor (SP), como Gerente de Projetos. Após 12 anos a executiva assumiu o cargo de Diretora de Processamento na Tetra Pak Brasil, que ocupa até hoje. Ana é formada em Engenharia Química pela Escola de Engenharia Mauá e possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

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