Nesta sexta-feira (14/6), a Agenda de Relacionamento e o Seminário Técnico do Queijo movimentaram o Festival do Queijo Artesanal de Minas, levaram conhecimento e geraram novos negócios para a cadeia produtiva do setor. A programação do evento continua neste sábado (15/6), e as inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site
A Agenda de Relacionamento gerou cerca de R$ 1,7 milhão em expectativas de negócios. O resultado é estimado pelas negociações realizadas entre 39 produtores de queijo, cachaça, café, molhos, antepastos, geleias e doces com 20 donos de empórios, distribuidores e lojas especializadas de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal e de cidades do interior de Minas Gerais.
Um dos compradores é o gaúcho Reginaldo Palomo, do Empório “Cantin de Minas”, que comercializa queijos e alimentos artesanais de todo país. Para ele, a Agenda de Relacionamento foi uma oportunidade para ampliar sua carteira de fornecedores. “Participar pela primeira vez do evento foi uma grata surpresa. Consegui fazer vários contatos com os produtores e ainda conhecer algumas iguarias da gastronomia mineira. Essa aproximação é essencial para conhecer mais sobre a história dos produtos e ampliar a variedade de itens oferecidos aos clientes”, afirma Palomo .
Os produtores mineiros também comemoraram o resultado do encontro, entre eles, Maria Elisa de Almeida, dos Queijos Primavera, em Lima Duarte (MG). Os queijos produzidos são maturados por 30 dias e embebidos por sete dias no vinho bordô. A queijaria produz ainda o requeijão em barra Lírio Branco, que recebeu a medalha Super Ouro no 3º Mundial do Queijo do Brasil, deste ano. “A Agenda de Relacionamento facilita o contato com potenciais compradores. Em um único lugar podemos apresentar nossos produtos e ainda trocar experiências com outros produtores de queijo de várias regiões do estado”, diz Maria Elisa.
O evento também foi satisfatório para Valdir Espanhol que começou uma nova empreitada com a produção do queijo artesanal . Ele inaugurou há oito meses uma queijaria em Passa-Quatro, na região Mantiqueira de Minas. “A Agenda de Relacionamento era tudo que precisávamos neste momento que estamos começando no mercado. Queremos mostrar o que estamos produzindo a quem realmente tem a intenção de comprar e estar à procura de produtos de qualidade”, explica o produtor.
Alinhamento
Além da oportunidade de fazer negócios, o Festival do Queijo Artesanal de Minas também foi espaço para troca de informações. Durante todo o dia, técnicos das instituições de apoio ao segmento participaram de palestras, debates e mesas redondas sobre melhorias do processo produtivo do queijo, além de tendências e inovações voltadas para o setor.
“Queremos melhorar o atendimento ao produtor. Por isso, é importante padronizar as informações entre as instituições que apoiam os produtores para que falem a mesma língua, e contribuam para a melhoria dos processos e desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do queijo”, explica o analista do Sebrae Minas Ricardo Boscaro.
Neste ano, o seminário também teve uma programação especial voltada para o produtor de queijo artesanal de Minas. “Estamos trazendo uma maior representação dos produtores. Essa aproximação com o sistema público é uma oportunidade para conhecer, esclarecer dúvidas e apresentar as suas demandas. Trazemos também nossos técnicos, que são a chave para entrarmos nas propriedades e levar informações para o produtor rural”, enfatizou a gerente Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg Senar, Nathália Rabelo.
O Festival do Queijo Artesanal de Minas é uma realização do Sistema Faemg Senar com o Sebrae Minas, com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), da Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater).
