Fermentados Lácteos: O segredo por trás do sabor e dos nutrientes

Fermentados Lácteos: O segredo por trás do sabor e dos nutrientes

Na arte da fermentação de produtos lácteos, os microrganismos são os grandes responsáveis por trás do paladar característico e dos benefícios nutricionais. De acordo com a Professora Solimar Machado, do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa, os principais microrganismos envolvidos na fermentação de queijos e leites fermentados são as bactérias láticas. O ácido lático produzido confere características sensoriais específicas dos produtos lácteos fermentados como textura e uma vida de prateleira mais longa.

Benefícios além do paladar

No aspecto nutricional, esses alimentos podem melhorar a digestibilidade, aumentar a produção de vitaminas do complexo B e até mesmo beneficiar aqueles com intolerância à lactose, graças à redução desse açúcar durante o processo de fermentação.

“O futuro da indústria de alimentos, de uma forma geral, vai depender do perfil do consumidor que está em constante mudança. Os estudos mais recentes mostram que a preocupação com a saúde continua em alta. Esses consumidores estão mais preocupados em adquirir produtos que possam prevenir doenças como é o caso dos produtos lácteos fermentados com probióticos ou com propriedades funcionais comprovadas. Outra informação importante é que no contexto da indústria latino-americana a indulgência acessível ainda é um fator que motiva a compra desses produtos lácteos. Então, apesar dos consumidores priorizarem a prevenção e se preocuparem com o meio ambiente, eles também estão em busca de produtos saborosos e de custo acessível”, esclarece a professora.

Leia o Rótulo

Na dúvida de se o produto terá ou não tantos benefícios, a dica de Solimar é “LEIA O RÓTULO. Muitas pessoas acreditam que todo produto fermentado tem caráter probiótico, mas isso não é verdade. Para ser um alimento classificado como probiótico, ele precisa, além de nutrir, conferir benefícios à saúde do consumidor desde que consumido em quantidade adequada. Para classificar um microrganismo como probiótico, são muitos anos de pesquisa e estudo”.

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