UltraCheese tem muito para comemorar em 2023

Um desempenho extraordinário, no ano considerado o mais desafiador da história do segmento. O sólido planejamento, a assertividade e agilidade na tomada de decisões possibilitaram os resultados positivos para a empresa. Além do desempenho no mercado, a companhia conquistou medalhas internacionais com seus queijos, que incorporam brasilidade e criatividade. Para falar um pouco do sucesso da empresa, a Revista + Leite entrevistou Edson Martins, CEO da UltraCheese

Por: Juçara Pivaro

Revista + Leite – Quais as perspectivas para 2023 com relação a crescimento?

Edson Martins – Em 2023, a companhia deve crescer dois dígitos novamente, com crescimento acima de 20%.

Revista + Leite– O cenário lácteo nacional, marcado pelas importações de leite e outros desafios que têm impactado tanto produtores quanto indústria. O que fez a UltraCheese se destacar positivamente nesse contexto?

Edson Martins – A receita de sucesso consiste na implantação de projetos e melhorias, aliada à prospecção de novas regiões. Destaco a presença de nossas marcas em todos os Estados do País e o volume crescente de exportações da Cruzília. Soma-se a isso, lançamentos bem aceitos pelo mercado, como o Versos de Minas, o reconhecimento obtido em premiações nacionais como o recente Minas Láctea 2023 e o ExpoQueijo 2023[RB1] , que reforçam a pegada de inovação e brasilidade. Percebemos a UltraCheese como uma companhia em franca expansão, que entrega uma performance diferente da que o setor está entregando.

Revista + Leite– A entrada da Aqua Capital foi decisiva para a UltraCheese na implementação de projetos e melhorias? Fale da Aqua Capital, sua origem, desce quando está na UltraCheese e qual seu papel no grupo?

Edson Martins – O Aqua Capital é um fundo de investimentos independente, que tem como objetivo a expansão de empresas de médio porte dentro da cadeia de valor do agronegócio no Brasil e na América do Sul. A participação do Aqua Capital iniciou em 2018 e permitiu a aceleração de diversos projetos que estavam em andamento e todas as iniciativas a partir do ingresso do fundo de investimentos são parte do plano estratégico de desenvolvimento da plataforma. Então sem dúvida o papel é extremamente decisivo.

Revista + Leite– Quais foram as realizações dos projetos da Ultracheese nos últimos anos, mais especificamente após a entrada da Aqua Capital? Novas unidades fabris? Modernização e novas tecnologias em suas indústrias?

Edson Martins – A UltraCheese começou a ser formada pela Aqua Capital no fim de 2017, com a aquisição da Lac Lélo com a integração efetiva da gestão ocorrendo em 2018. Dois anos depois, foi fechada a compra da Cruzília. No ano seguinte (2020), a Búfalo Dourado passou a compor a plataforma. E em 2022 foi a vez da Itacolomy.

Todas as unidades fabris passaram por ampliações e melhorias em infraestrutura e tecnologia, transformando em centros de especialidades, clusterizando a produção dos queijos e cremes por categorias, proporcionando aumento significativo da eficiência e produtividade.

A ascensão meteórica das marcas da UltraCheese chama atenção em um mercado que andou aos solavancos em 2022 e posicionam a plataforma entre as que mais cresceram no segmento lácteo brasileiro.


Um desempenho extraordinário, no ano considerado o mais desafiador da história do segmento. O sólido planejamento, a assertividade e agilidade na tomada de decisões possibilitaram os resultados positivos.

A fórmula do sucesso envolveu decisões comerciais precisas, quanto ao plano estratégico de expansão das áreas e canais de atuação, reestruturação da área de pricing, reposicionamento das marcas e do mix de produtos de acordo com perfil dos clientes, políticas efetivas de governança e compliance, desenvolvimento de pessoas (com conquista do certificado GPTW), rígido controle de custos e despesas, digitalização de processos, otimização industrial com diversos projetos e melhorias em rendimento e eficiência produtiva em todos os departamentos, do campo, passando pela indústria, administrativo, vendas e logística, elevando o nível de serviço à clientes e consumidores

Revista + Leite– A empresa atua também na formação e/ou atendimento dos produtores fornecedores?

Edson Martins – Em Santa Catarina, a captação é realizada em propriedades rurais localizadas na região Oeste catarinense, considerada a maior bacia leiteira do estado e que atualmente é a 4ª maior do Brasil. Trata-se da bacia leiteira que mais cresce no mundo.

Dados publicados pela Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE para o primeiro trimestre de 2023, reforçam que o Sul do país atualmente é a maior região produtora e obteve pequeno crescimento de 0,8% – destaque para Santa Catarina, que apresentou 4,5%, maior crescimento de todos os Estados Brasileiros.

Em Minas Gerais, o leite tem origem na Serra da Mantiqueira, considerada um dos melhores terroirs para produção de queijos no Brasil, onde relevo e clima apresentam características favoráveis semelhantes às encontradas na produção dos bons queijos dos Alpes Suíços. Já em São Paulo, as fazendas são especializadas na produção de leite de búfala.

Para garantir a excelência de sua principal matéria-prima, a UltraCheese vai muito além da captação de leite, atuando diretamente no desenvolvimento dos fornecedores nas mais diversas áreas, da qualidade e segurança alimentar, infraestrutura das propriedades e qualificação profissional, orientações técnicas de manejo e nutrição, até auxílio no planejamento administrativo e financeiro das propriedades.

A iniciativa faz parte do Plano Originação, que visa aproximar ainda mais a indústria dos produtores de leite, com diversos projetos desempenhados pelas equipes de assistência técnica multidisciplinar, formada por agrônomos, médicos veterinários e técnicos em agropecuária. Além da equipe de profissionais especializados, a UltraCheese, visando atender as necessidades dos produtores, dispõe de Loja Agropecuária e de Máquinas, onde oferece ampla linha de medicamentos e insumos e as melhores marcas de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas.

Revista + LeiteQuais os principais projetos que merecem ser mencionados referentes ao primeiro semestre de 2023?

Edson MartinsEm março de 2023, concluímos o projeto de concentração de soro na Lac Lélo, duplicando a capacidade produtiva, passando de 300 mil para 600 mil litros de processamento de soro de leite diário.

Em janeiro de 2023, concluímos a ampliação da concentração de soro da unidade de Cruzília, aumentando a capacidade produtiva de 200 mil para 300 mil litros de processamento de soro de leite diário.

Em abril, concluímos o projeto de redução das embalagens de queijos fatiados, economizando 10% do consumo total de plástico para produção deste item. Também concluímos em junho o projeto de conversão da caldeira de vapor da Lac Lélo de lenha para cavaco, o que gera uma redução de consumo de biomassa de cerca de 10%.

Revista + LeiteO que o mercado pode esperar da companhia para o final do segundo semestre?

Edson Martins – Neste segundo semestre de 2023, já estão em andamento projetos de aumento de capacidade na unidade de Cruzília (MG) e de Trindade (GO). Está sendo executada uma ampliação civil na planta de Cruzília para proporcionar aumento de capacidade produtiva e de maturação de queijos finos.

Já em Trindade, na unidade de Itacolomy, estamos investindo em um novo envase de manteigas potes, que dobra a capacidade produtiva tanto dos potes 200g quanto 500g e também na linha de blocos de manteiga, produto novo no portfólio da empresa.

Revista + LeiteQuais foram as maiores conquistas da empresa em relação aos seus queijos?

Edson Martins – A cada dia, a Ultracheese vem reforçando seu posicionamento de companhia brasileira de queijos mais premiada internacionalmente. Alcançamos a sexta medalha no World Cheese Awards, sempre valorizando a brasilidade e criatividade. O reconhecimento é a comprovação de excelência e inovação, atestada pelos renomados mestres queijeiros do mundo. As marcas premiadas foram Cruzília e Búfalo Dourado, além das marcas Lac Lélo e Itacol


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