Com inovação e tradição familiar, a Queijaria Laguna fez e continua fazendo história no segmento de lácteos. Há 30 anos, num terreno inexplorado, mas úmido, o patriarca da família iniciou a criação de búfalas. De lá para cá, a fazenda cresceu, o laticínio aumentou a capacidade e continua em expansão. Beneficiando, atualmente, cerca de 50 mil litros de leite de búfala por mês e 550 mil litros de leite bovino, os planos para o futuro são de crescimento. Com investimento de R$ 5 milhões de recursos próprios, em breve, está prevista a inauguração da nova fábrica em Paracuru/CE. A planta industrial terá capacidade para beneficiar até 11 milhões de litros de leite/ano. Confira o nosso bate-papo com Nelson Prado Filho, diretor comercial da Queijaria Laguna
Por: Erika Ventura
Revista +Leite – A Laguna foi pioneira na produção de leite de búfala no estado do Ceará. Como foi o processo de introdução e desenvolvimento desse mercado ao longo do tempo.
Nelson Prado Filho – Na verdade, meu pai é de São Paulo, cearense de nascimento. Meu pai era de Marília, minha mãe de Santos. Ele trabalhava com implementos agrícolas, junto com meu tio, em São Paulo. O governador do Ceará, na época, visitou um evento de máquinas agrícolas em São Paulo, esteve no estande deles e pediu para desenvolverem máquinas para o estado. Em 1973 eles vieram pra cá. Meu pai sempre teve ligação com o ambiente rural. No começo, eles tinham uma fazenda experimental em São Gonçalo, próximo a Paracuru. Naquela época, eu era muito pequeno e lembro de acompanhar tudo. Essa fazenda foi desativada em 1982. Mesmo assim, meu pai continuou buscando terras e comprou a Fazenda Laguna, uma área que tinha água mesmo em tempos de seca. Ele optou por uma região praiana, com menos terras férteis, mas que oferecia potencial para melhoria. Era um ambiente experimental, onde ele começou brincando com algumas ideias enquanto a gente, ainda crianças, ia à fazenda para brincar de cavalo. Além disso, meu tio Otávio Bernardes, primo dele, sempre foi referência em genética animal. Ele tinha um trabalho reconhecido nacional e internacionalmente, principalmente na produção de sêmen e no transplante de embriões. A partir de 1992, trouxemos os primeiros búfalos do Maranhão, sem tanta seleção genética, mas com grande potencial de ganho de peso e produção. Meu pai começou a criar búfalos e, logo em seguida, a produção de queijo foi iniciada de forma simples, na cozinha de casa.
Revista +Leite – Como vocês iniciaram a comercialização desses queijos?
Nelson Prado Filho – No início, minha mãe e eu vendíamos os queijos em padarias pequenas. Quando terminei o colégio, passei a ir à fazenda de madrugada, carregava isopores com queijos e vendia em Fortaleza. Isso exigiu muita dedicação. Depois de um tempo, conseguimos comprar um carro para ajudar nas entregas e contratar o primeiro funcionário. A produção foi crescendo, e começamos a atender hotéis. Para isso, incluímos também o leite bovino na produção, com o objetivo de aumentar o volume e diversificar os produtos. Assim, criamos um mix que incluiu derivados de leite bovino e de búfala, sem que um competisse com o outro. O leite de búfala tem características únicas: é mais saudável, com menos colesterol e mais cálcio. Hoje, produzimos cerca de 50 mil litros de leite de búfala por mês e 550 mil litros de leite bovino, somando aproximadamente 600 mil litros no total. Nosso foco está na qualidade, não no preço. Isso fortaleceu nossa marca e nos permitiu oferecer produtos diferenciados, como Queijo Minas Padrão zero lactose, Queijo Prato e Provolone defumado com técnicas naturais.
Revista +Leite – Essa técnica de defumação é natural?
Nelson Prado Filho – Sim, utilizamos defumação com madeira natural. Ao contrário da fumaça líquida, nosso processo dá um sabor mais autêntico. Para garantir essa qualidade, contamos com uma equipe especializada, incluindo um queijeiro de Minas Gerais, que se mudou para Paracuru e trouxe muito conhecimento técnico para nossa produção.
Revista +Leite – Como é a atuação da Laguna junto aos produtores?
Nelson Prado Filho – Além da equipe da indústria, trabalhamos com mais de 100 famílias envolvidas na coleta de leite, incluindo programas de qualificação para os produtores. Nossa equipe visita as propriedades para treinar e orientar sobre boas práticas de fabricação, controle sanitário dos animais e manejo da qualidade do leite. Um exemplo disso é o controle de células somáticas, que beneficia tanto a indústria quanto os próprios produtores, já que melhora a saúde dos animais e aumenta sua produção. Temos um programa chamado “Mais Leite Saudável”, que conta com incentivos governamentais para contratar consultorias que ajudam os produtores a melhorar indicadores como qualidade do leite, gordura e volume por animal.
Revista +Leite – E no caso dos búfalos? Toda a produção é própria, certo?
Nelson Prado Filho – Sim, todos os búfalos são da nossa fazenda. O foco maior com os produtores externos é no leite bovino, onde já conseguimos um avanço significativo em qualidade e volume. Investimos em infraestrutura, como tubulações de aço inox que transportam o leite diretamente do curral para a queijaria, reduzindo riscos de contaminação e melhorando o padrão do produto final.
Revista +Leite – Vocês são os pioneiros no Ceará na produção de derivados de búfala. Existem outros laticínios locais que também trabalham com isso?
Nelson Prado Filho – Não, ainda somos os únicos no Ceará a produzir derivados de búfala. Existem produtos vindos de outros estados, como Minas Gerais e São Paulo, mas a produção local de derivados de búfala é exclusivamente nossa. Isso nos dá uma vantagem competitiva significativa, pois conseguimos agregar valor ao produto. O leite de búfala, por exemplo, custa mais de R$ 80 por litro, o que reflete a qualidade do mercado.
Revista +Leite – E a divisão da administração entre a fazenda e a indústria?
Nelson Prado Filho – A fazenda é administrada por um dos meus irmãos, que cuida da criação e do manejo dos animais. Eu fico à frente da indústria e da parte comercial, e um terceiro irmão é nosso diretor financeiro. Além disso, temos um outro irmão que mora na Austrália. Nosso objetivo é dobrar a produção de leite de búfala nos próximos dois anos, pois o mercado é muito promissor.
Revista +Leite – Dobrar a produção em dois anos é um desafio, não?
Nelson Prado Filho – Com certeza. Mas o mercado tem respondido muito bem, especialmente por ser um leite especial com alta qualidade e rendimento industrial superior. Por exemplo, para fazer um 1kg de Mussarela de búfala, usamos apenas seis litros de leite, enquanto a Mussarela bovina exige cerca de dez litros. Recentemente, participamos do Primeiro Congresso Mundial de Mussarela de Búfala na Itália, onde visitamos fazendas e laticínios para aprender mais sobre o setor.
Revista +Leite – Vocês já pensaram em expandir para outros estados?
Nelson Prado Filho – Sim, todas as nossas embalagens já estão preparadas para vendas fora do Ceará. No entanto, estamos priorizando atender a demanda local antes de expandir. Nosso mix de produtos ajuda bastante nesse processo, já que oferecemos opções especiais com maior valor agregado. Isso facilita a logística e nos dá força para investir em marketing e pós-venda nas novas praças onde pretendemos entrar. Não queremos apenas lançar o produto fora do estado, queremos garantir que a marca seja reconhecida e valorizada.
Revista +Leite – Falando em produtos, quantos vocês oferecem atualmente?
Nelson Prado Filho – Temos cerca de 35 produtos, que, somados às variações, chegam a mais de 50. Um diferencial nosso é o foco nos queijos especiais, como Gouda e Cheddar inglês, além de queijos maturados e defumados. Recentemente, produzimos um Gouda de Búfala que foi muito bem recebido. Também estamos inovando com queijos como parmesão e outras variedades que exigem processos mais elaborados.
Revista +Leite – Isso reflete muito no DNA da empresa, não é? Essa constante experimentação e inovação vêm desde o início.
Nelson Prado Filho – Sem dúvida. Isso está no nosso DNA. Desde que meu pai começou, sempre tivemos essa mentalidade de experimentar e inovar, buscando novas oportunidades dentro do mercado. Por exemplo, temos metas de captação de leite que são parte de um planejamento estruturado. Este ano, já atingimos recordes de captação, com projeções de crescimento contínuo. Além do crescimento da captação, temos colhido frutos de anos de trabalho com os produtores. Algumas cidades que antes não tinham coleta de laticínios agora estão integradas à nossa cadeia. Isso beneficia os produtores, que antes não sabiam o que fazer com o leite excedente. Um exemplo recente foi uma cidade onde o secretário municipal se prontificou a ajudar, garantindo a instalação de tanques de resfriamento para facilitar a logística.
Revista +Leite – E sobre a concorrência? Existem outros laticínios perto de vocês?
Nelson Prado Filho – Sim, temos dois laticínios na região, mas eles atuam em áreas diferentes. Nossa estratégia é buscar produtores em regiões menos atendidas, expandindo nossa coleta. Cerca de 70% do nosso leite vem de locais próximos, enquanto 30% vem de regiões mais distantes, que possuem maior produção.
Revista +Leite – Vocês desejam expandir para os estados vizinhos?
Nelson Prado Filho – O mercado fora do estado é algo que planejamos com muito cuidado. Nosso mix de produtos nos ajuda a agregar valor, o que nos dá mais força para investir em ações como visitação, degustação e divulgação em novas praças. Por exemplo, nosso Queijo Minas Padrão, que custa cerca de R$ 45 o quilo, agrega valor suficiente para justificar esses investimentos. Então já estamos preparados. Toda a documentação e a logística estão prontas. Mas, como disse, estamos focando no fortalecimento da marca no mercado local antes de expandir. Quando entrarmos em novos mercados, queremos estar prontos para oferecer suporte e criar uma experiência completa para os consumidores. Não basta apenas colocar o produto no mercado, é preciso garantir que ele seja valorizado e reconhecido. Trabalhamos para que nossos produtos não sejam apenas consumidos, mas se tornem referência de qualidade. Esse cuidado é parte do que faz a Laguna se destacar.
Por: Erika Ventura
Revista +Leite – A Laguna foi pioneira na produção de leite de búfala no estado do Ceará. Como foi o processo de introdução e desenvolvimento desse mercado ao longo do tempo.
Nelson Prado Filho – Na verdade, meu pai é de São Paulo, cearense de nascimento. Meu pai era de Marília, minha mãe de Santos. Ele trabalhava com implementos agrícolas, junto com meu tio, em São Paulo. O governador do Ceará, na época, visitou um evento de máquinas agrícolas em São Paulo, esteve no estande deles e pediu para desenvolverem máquinas para o estado. Em 1973 eles vieram pra cá. Meu pai sempre teve ligação com o ambiente rural. No começo, eles tinham uma fazenda experimental em São Gonçalo, próximo a Paracuru. Naquela época, eu era muito pequeno e lembro de acompanhar tudo. Essa fazenda foi desativada em 1982. Mesmo assim, meu pai continuou buscando terras e comprou a Fazenda Laguna, uma área que tinha água mesmo em tempos de seca. Ele optou por uma região praiana, com menos terras férteis, mas que oferecia potencial para melhoria. Era um ambiente experimental, onde ele começou brincando com algumas ideias enquanto a gente, ainda crianças, ia à fazenda para brincar de cavalo. Além disso, meu tio Otávio Bernardes, primo dele, sempre foi referência em genética animal. Ele tinha um trabalho reconhecido nacional e internacionalmente, principalmente na produção de sêmen e no transplante de embriões. A partir de 1992, trouxemos os primeiros búfalos do Maranhão, sem tanta seleção genética, mas com grande potencial de ganho de peso e produção. Meu pai começou a criar búfalos e, logo em seguida, a produção de queijo foi iniciada de forma simples, na cozinha de casa.
Revista +Leite – Como vocês iniciaram a comercialização desses queijos?
Nelson Prado Filho – No início, minha mãe e eu vendíamos os queijos em padarias pequenas. Quando terminei o colégio, passei a ir à fazenda de madrugada, carregava isopores com queijos e vendia em Fortaleza. Isso exigiu muita dedicação. Depois de um tempo, conseguimos comprar um carro para ajudar nas entregas e contratar o primeiro funcionário. A produção foi crescendo, e começamos a atender hotéis. Para isso, incluímos também o leite bovino na produção, com o objetivo de aumentar o volume e diversificar os produtos. Assim, criamos um mix que incluiu derivados de leite bovino e de búfala, sem que um competisse com o outro. O leite de búfala tem características únicas: é mais saudável, com menos colesterol e mais cálcio. Hoje, produzimos cerca de 50 mil litros de leite de búfala por mês e 550 mil litros de leite bovino, somando aproximadamente 600 mil litros no total. Nosso foco está na qualidade, não no preço. Isso fortaleceu nossa marca e nos permitiu oferecer produtos diferenciados, como Queijo Minas Padrão zero lactose, Queijo Prato e Provolone defumado com técnicas naturais.
Revista +Leite – Essa técnica de defumação é natural?
Nelson Prado Filho – Sim, utilizamos defumação com madeira natural. Ao contrário da fumaça líquida, nosso processo dá um sabor mais autêntico. Para garantir essa qualidade, contamos com uma equipe especializada, incluindo um queijeiro de Minas Gerais, que se mudou para Paracuru e trouxe muito conhecimento técnico para nossa produção.
Revista +Leite – Como é a atuação da Laguna junto aos produtores?
Nelson Prado Filho – Além da equipe da indústria, trabalhamos com mais de 100 famílias envolvidas na coleta de leite, incluindo programas de qualificação para os produtores. Nossa equipe visita as propriedades para treinar e orientar sobre boas práticas de fabricação, controle sanitário dos animais e manejo da qualidade do leite. Um exemplo disso é o controle de células somáticas, que beneficia tanto a indústria quanto os próprios produtores, já que melhora a saúde dos animais e aumenta sua produção. Temos um programa chamado “Mais Leite Saudável”, que conta com incentivos governamentais para contratar consultorias que ajudam os produtores a melhorar indicadores como qualidade do leite, gordura e volume por animal.
Revista +Leite – E no caso dos búfalos? Toda a produção é própria, certo?
Nelson Prado Filho – Sim, todos os búfalos são da nossa fazenda. O foco maior com os produtores externos é no leite bovino, onde já conseguimos um avanço significativo em qualidade e volume. Investimos em infraestrutura, como tubulações de aço inox que transportam o leite diretamente do curral para a queijaria, reduzindo riscos de contaminação e melhorando o padrão do produto final.
Revista +Leite – Vocês são os pioneiros no Ceará na produção de derivados de búfala. Existem outros laticínios locais que também trabalham com isso?
Nelson Prado Filho – Não, ainda somos os únicos no Ceará a produzir derivados de búfala. Existem produtos vindos de outros estados, como Minas Gerais e São Paulo, mas a produção local de derivados de búfala é exclusivamente nossa. Isso nos dá uma vantagem competitiva significativa, pois conseguimos agregar valor ao produto. O leite de búfala, por exemplo, custa mais de R$ 80 por litro, o que reflete a qualidade do mercado.
Revista +Leite – E a divisão da administração entre a fazenda e a indústria?
Nelson Prado Filho – A fazenda é administrada por um dos meus irmãos, que cuida da criação e do manejo dos animais. Eu fico à frente da indústria e da parte comercial, e um terceiro irmão é nosso diretor financeiro. Além disso, temos um outro irmão que mora na Austrália. Nosso objetivo é dobrar a produção de leite de búfala nos próximos dois anos, pois o mercado é muito promissor.
Revista +Leite – Dobrar a produção em dois anos é um desafio, não?
Nelson Prado Filho – Com certeza. Mas o mercado tem respondido muito bem, especialmente por ser um leite especial com alta qualidade e rendimento industrial superior. Por exemplo, para fazer um 1kg de Mussarela de búfala, usamos apenas seis litros de leite, enquanto a Mussarela bovina exige cerca de dez litros. Recentemente, participamos do Primeiro Congresso Mundial de Mussarela de Búfala na Itália, onde visitamos fazendas e laticínios para aprender mais sobre o setor.
Revista +Leite – Vocês já pensaram em expandir para outros estados?
Nelson Prado Filho – Sim, todas as nossas embalagens já estão preparadas para vendas fora do Ceará. No entanto, estamos priorizando atender a demanda local antes de expandir. Nosso mix de produtos ajuda bastante nesse processo, já que oferecemos opções especiais com maior valor agregado. Isso facilita a logística e nos dá força para investir em marketing e pós-venda nas novas praças onde pretendemos entrar. Não queremos apenas lançar o produto fora do estado, queremos garantir que a marca seja reconhecida e valorizada.
Revista +Leite – Falando em produtos, quantos vocês oferecem atualmente?
Nelson Prado Filho – Temos cerca de 35 produtos, que, somados às variações, chegam a mais de 50. Um diferencial nosso é o foco nos queijos especiais, como Gouda e Cheddar inglês, além de queijos maturados e defumados. Recentemente, produzimos um Gouda de Búfala que foi muito bem recebido. Também estamos inovando com queijos como parmesão e outras variedades que exigem processos mais elaborados.
Revista +Leite – Isso reflete muito no DNA da empresa, não é? Essa constante experimentação e inovação vêm desde o início.
Nelson Prado Filho – Sem dúvida. Isso está no nosso DNA. Desde que meu pai começou, sempre tivemos essa mentalidade de experimentar e inovar, buscando novas oportunidades dentro do mercado. Por exemplo, temos metas de captação de leite que são parte de um planejamento estruturado. Este ano, já atingimos recordes de captação, com projeções de crescimento contínuo. Além do crescimento da captação, temos colhido frutos de anos de trabalho com os produtores. Algumas cidades que antes não tinham coleta de laticínios agora estão integradas à nossa cadeia. Isso beneficia os produtores, que antes não sabiam o que fazer com o leite excedente. Um exemplo recente foi uma cidade onde o secretário municipal se prontificou a ajudar, garantindo a instalação de tanques de resfriamento para facilitar a logística.
Revista +Leite – E sobre a concorrência? Existem outros laticínios perto de vocês?
Nelson Prado Filho – Sim, temos dois laticínios na região, mas eles atuam em áreas diferentes. Nossa estratégia é buscar produtores em regiões menos atendidas, expandindo nossa coleta. Cerca de 70% do nosso leite vem de locais próximos, enquanto 30% vem de regiões mais distantes, que possuem maior produção.
Revista +Leite – Vocês desejam expandir para os estados vizinhos?
Nelson Prado Filho – O mercado fora do estado é algo que planejamos com muito cuidado. Nosso mix de produtos nos ajuda a agregar valor, o que nos dá mais força para investir em ações como visitação, degustação e divulgação em novas praças. Por exemplo, nosso Queijo Minas Padrão, que custa cerca de R$ 45 o quilo, agrega valor suficiente para justificar esses investimentos. Então já estamos preparados. Toda a documentação e a logística estão prontas. Mas, como disse, estamos focando no fortalecimento da marca no mercado local antes de expandir. Quando entrarmos em novos mercados, queremos estar prontos para oferecer suporte e criar uma experiência completa para os consumidores. Não basta apenas colocar o produto no mercado, é preciso garantir que ele seja valorizado e reconhecido. Trabalhamos para que nossos produtos não sejam apenas consumidos, mas se tornem referência de qualidade. Esse cuidado é parte do que faz a Laguna se destacar.