ExpoQueijo Brasil: Minas Gerais foi o estado mais premiado em 2024

ExpoQueijo Brasil: Minas Gerais foi o estado mais premiado em 2024

Produtores mineiros conquistaram 65 troféus no maior concurso de queijos das Américas

O produtor Reginaldo Castro, do município de Tapira, no Alto Paranaíba, tem muitos motivos para comemorar. Ele foi um dos grandes vencedores do Concurso Internacional da ExpoQueijo Brasil e levou para sua propriedade quatro troféus: dois de ouro e dois de bronze. “É muito gratificante saber que o nosso produto é reconhecido mais uma vez. Somos bicampeões aqui em Araxá. Estou aqui representando a nossa associação e chamando mais produtores para se certificarem e aumentarem a nossa força na região”, diz.

Prêmios como os de Reginaldo ajudaram Minas Gerais a chegar à marca de 65 troféus no maior concurso de queijos das Américas. Produtores do estado conquistaram 24 troféus de Ouro, 19 de Prata e 22 de Bronze. “Este é um concurso que vem para consolidar e consagrar a força do queijo artesanal em Minas Gerais, no Brasil e no mundo. É uma cadeia produtiva que agrega valor à produção, fixa o homem no campo, gera renda e empregos”, avalia o secretário de Agricultura, Thales Fernandes.

Mais representatividade

Neste ano a ExpoQueijo Brasil – Araxá International Cheese Awards – limitou o número de queijos inscritos. Foram aceitos 1.100 queijos. Apesar da redução, que garante condições ideais de armazenamento e julgamento dos queijos; o número de países participantes aumentou. “Tivemos quase 15 países participantes e queijos de praticamente todos os estados do Brasil. Foi muito interessante perceber que 14 estados brasileiros receberam algum tipo de premiação e sete conquistaram Ouro. Isso demonstra o quanto o queijo brasileiro cresceu em qualidade e é competitivo e muito saboroso”, ressalta Maricell Hussein, organizadora do evento.

O Brasil nunca conquistou o prêmio principal do concurso, o Super Ouro, mas segue como o país mais premiado nas demais categorias. Neste ano foram 100 troféus: 32 de Ouro, 32 de Prata e 36 de Bronze.

O concurso internacional tem a curadoria da EPAMIG – Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG ILCT), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). Ele segue regras internacionais e tem um sistema inédito que unifica as atividades, desde a inscrição das amostras, cadastro de jurados, avaliação dos queijos de acordo com os atributos sensoriais cadastrados, verificação das notas e dos medalhistas à emissão dos certificados.

Patrimônio Imaterial da Humanidade

Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal podem ser reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) ainda este ano. O pedido é analisado pela Unesco, que dará o parecer definitivo na 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em dezembro, no Paraguai.

Para o governador Romeu Zema, o reconhecimento pode ser um marco para o estado. “Nós esperamos que a Unesco venha a nomear o nosso queijo artesanal mineiro como um patrimônio imaterial porque realmente faz todo sentido. É uma tradição nossa de séculos e que só cresceu, se consolidou e se aperfeiçoou. A Champagne, que é uma região da França, é extremamente conhecida exatamente porque se tornou sinônimo do produto que é feito lá. Nós queremos que Queijo Minas vire sinônimo de queijo também, o que ajuda a consolidar mais ainda o nome do estado, a nossa tradição com esse produto que ainda vai crescer muito e vai trazer muita alegria para todos os mineiros”, aposta.

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