Projeto da Ufrgs com o laticínio Kronhardt e apoio da Ascribu visa incentivar aumento da produção no Rio Grande do Sul
A parceria entre universidade, indústria e produtores de búfalos começa a trazer resultados ao consumidor. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), por meio do Grupo de Estudos em Bubalinocultura (Gebu), forneceu a primeira entrega de leite em uma parceria com o laticínio Kronhardt, de Glorinha (RS). A Associação Gaúcha de Criadores de Búfalos (Ascribu), também é parceira neste movimento.
Conforme a representante do Gebu/Ufrgs, Vitória Di Domenico, durante a Expointer do ano passado a universidade e o laticínio fizeram uma parceria que culminou na doação de um resfriador para o rebanho da Universidade. “Assim, fazer a entrega do leite ainda nesse ano tornou-se uma meta para o Gebu. Finalmente fizemos a primeira entrega de leite Atualmente estamos com seis búfalas em ordenha e a ideia é manter três ordenhas por semana para fazer a entrega de leite na noite de quarta para quinta para o Laticínio Kronhardt”, destaca, acrescentando, ainda, que a primeira entrega foi de 90 litros e a expectativa é que esse volume aumente nos próximos meses.
O diretor comercial da Laticínios Kronhardt, Filipe Signori, salienta esta troca com a universidade na colaboração também com pesquisas na área de bubalinos. “Sempre fornecemos material para eles e quando tivemos esta situação, abraçamos essa ideia. Estamos muito felizes de estar fazendo essa coleta, iniciando esse trabalho com o leite produzido na universidade com toda a capacitação e toda a experimentação para os alunos e até gerando situações de melhoria para o futuro”, observa.
A presidente da Ascribu, Desireé Möller, frisa que esta parceria tripla é importante para a bubalinocultura, em especial para o crescimento da produção de leite no Estado. “Nós tínhamos só duas propriedades produzindo leite e hoje já temos quatro considerando a fazenda da Ufrgs. Outra questão fundamental nessa parceria é todos os projetos que a universidade tem feito, desde a capacitação e até mesmo com os alunos na produção de queijo de búfalas, na parte de ensino, além dos doutorados e mestrados e projetos de extensão e pesquisa referentes ao leite de búfala”, afirma.
O rebanho bubalino na Ufrgs começou em 2018, com a doação de nove fêmeas para a universidade em parceria com a Ascribu. A partir de 2021 iniciaram-se as primeiras experiências e, ao longo deste ano e de 2022, o grupo também desenvolveu melhor o espaço na questão de estrutura e equipamentos, além da capacitação, adaptando os animais e fazendo algumas pesquisas com leite de búfala.