Com as 40 vagas preenchidas, encerraram-se nesta sexta-feira (29/09), as aulas da 1ª turma do Programa de Formação em Qualidade do Leite. Voltado para a qualificação de laboratoristas, o curso foi oferecido em parceria entre o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e a Univates. Com foco em profissionais das indústrias e agroindústrias, contou com 12 horas/aula, presenciais e on-line, nos turnos das manhãs e tarde, certificando todos os docentes ao final do período.
Devido à grande procura, a segunda turma já tem data para as aulas: 27, 28 e 29 de novembro. Para encaminhar a inscrição, os candidatos devem manifestar interesse ao Sindilat/RS, que está organizando a lista de participantes, através do e-mail sindilat@sindilat.com.br. Os profissionais das empresas associadas ao sindicato seguirão tendo descontos nas inscrições. “Vamos seguir na mesma linha, capacitando os laboratoristas para as etapas de análise do leite a partir da recepção até os laboratórios”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, ao reforçar o compromisso da entidade com ações de formação voltadas para o fortalecimento e desenvolvimento do setor lácteo gaúcho.
Ao abrir o circuito de aulas da 1ª turma, o doutor em Engenharia e Ciência de Alimentos, Daniel Lehn, abordou as definições, legislações básicas para o beneficiamento de leite, composição físico-química, micro e macronutrientes, células somáticas, contagem bacteriana e fatores de risco para Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Ele reforçou, ainda, a importância do curso de capacitação no fortalecimento da cadeia produtiva. “Trocar experiências com as pessoas que estão no dia a dia do controle de qualidade desta matéria-prima é fundamental para reforçar os elos para a consolidação de uma cadeia produtiva robusta tanto quanto ao que produz e quanto na garantia de confiança aos consumidores”, assina Lehn.
Ainda na manhã da quarta-feira (27/09), o especialista em Engenharia de Produção e gerente técnico do Laboratório de Qualidade do Leite da Univates, Anderso Stieven, trabalhou questões referentes à coleta, ao transporte e ao descarregamento. Já na parte da tarde, tratou sobre as legislações vigentes e suas aplicações da propriedade à indústria; Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite (RBQL), além das Instruções Normativas (INs) 76/2018, com enfoque CCS e CBT, e In 77/2018 focada em Boas Práticas Agropecuárias na Propriedade Leiteira (BPA-Leite). “A turma que fez esta formação tinha experiência, então pudemos fazer uma boa atualização, o que foi muito positivo, pois através da participação pudemos rever conceitos, agregando muito no conhecimento”, destaca.
Finalizando o primeiro dia de aula, a médica veterinária, mestre em Produtos de Origem Animal e consultora técnica em Qualidade do Sindilat/RS, Letícia Vieira, trabalhou diversos aspectos da Lei 14.835, conhecida como a Lei do Leite e suas regulamentações subsequentes. “A Lei do Leite é uma normativa do Rio Grande do Sul e que, de forma pioneira, promoveu a normatização do transporte do leite, fazendo com que os caminhões sejam identificados, com que o freteiro tenha um documento de controle próprio, entre outras obrigatoriedades, inclusive com previsão de responsabilização tanto para a indústria quanto para os freteiros”, assinala. A aula teve sequência na manhã de quinta-feira (28/09), incluindo informações sobre a formação e interpretação da média geométrica.
A parte prática e presencial, ocorreu nesta sexta-feira (29/09) no laboratório da Univates, onde a turma foi conduzida nos estudos por Julia Spellmeier, mestre em química analítica e responsável técnica da unidade na área de físico-química, onde todos os alunos executaram no mínimo uma vez cada técnica de forma individual. “O curso tem uma proposta bem abrangente com temáticas voltadas à legislação, a pontos críticos de processo e também de controle de qualidade. É uma oportunidade de aperfeiçoamento e atualização”, indica a professora.
Para Júlio Comin, profissional que atua na empresa Domilac, da cidade de São Domingos do Sul (RS), a formação foi uma forma de ampliar e aprimorar os conhecimentos sobre as atividades desenvolvidas no dia a dia da produção leiteira. “Aqui eu estou aprendendo um pouco mais sobre a parte técnica, sobre processos de análises, procedimentos e detalhes diferentes. Estes conhecimentos sempre agregram”, aponta.
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