FAO: Índice de Preços de Lácteos fecha janeiro 1,4% mais baixo do que em dezembro

Crise no leite

Os índices de preços de óleos vegetais, laticínios e açúcar impulsionaram o recuo de janeiro


O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)  atingiu uma média de 131,2 pontos em janeiro, 0,8% menor do que o mês anterior, e 17,9% inferior ao seu máximo alcançado em março de 2022. O índice acompanha as mudanças mensais nos preços internacionais dos alimentos mais vendidos no mercado. Os índices de preços dos lácteos, óleos vegetais e açúcar impulsionaram o recuo de janeiro, enquanto que os valores de cereais e carne permaneceram em grande parte estáveis.

Em janeiro, o Índice de Preços de Cereais da FAO permaneceu praticamente inalterado (apenas 0,1%) em relação a dezembro, e ficou 4,8% mais alto do que no mesmo período do ano anterior. Os preços internacionais do trigo diminuíram em 2,5% devido aos resultados positivos alcançados por Austrália e Rússia. Os preços mundiais do milho subiram marginalmente devido à forte demanda por exportações do Brasil e ao risco de estiagem na Argentina. Os preços internacionais do arroz, no entanto, tiveram um salto de 6,2% a partir de dezembro, influenciados por ofertas mais restritas, forte demanda local em alguns dos países exportadores da Ásia e variações nas taxas de câmbio.

Preços de Lácteos

De acordo com a FAO, o  Índice de Preços de Laticínios foi em média 1,4% mais baixo do que em dezembro, refletindo a tendência de queda dos preços da manteiga e do leite em pó em função da menor procura por parte dos principais importadores e do aumento da oferta da Nova Zelândia. Os preços mundiais do queijo registraram um ligeiro aumento, impulsionados por uma recuperação dos serviços alimentícios e das vendas no varejo na Europa Ocidental após o feriado de Ano Novo, bem como por flutuações cambiais.

O Índice de Preços de Óleo Vegetal da FAO recuou 2,9% em janeiro. Os preços mundiais dos óleos de palma e soja caíram em meio a uma demanda de importação mundial moderada, enquanto os dos óleos de girassol e colza diminuíram em virtude da grande oferta de produtos destinados à exportação.

O Índice de Preços da Carne recuou apenas 0,1% em relação a dezembro, dado que a ampla capacidade de exportação pesou nos preços de aves, suínos e carne bovina, enquanto os preços de ovinos subiram devido à maior demanda por importação.

O Índice de Preços do Açúcar caiu 1,1% em relação a dezembro. O bom desempenho da safra na Tailândia e as condições climáticas favoráveis no Brasil compensaram o impacto nos preços devido às preocupações com os menores rendimentos das colheitas na Índia, os preços mais altos da gasolina no Brasil (que favorecem a demanda por etanol), assim como a valorização do real em relação ao dólar dos Estados Unidos.


As informações são da FAO, adaptadas pela redação da Revista +Leite. 

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