Por: CILeite
Após três meses com registros de inflação recordes no custo de produção de leite, o mês de abriu registrou desaceleração do crescimento dos preços dos insumos e serviços e atingiu a menor variação do ano (0,4%), com impactos de retração nas taxas acumuladas ao longo deste ano e nos últimos doze meses.
A queda no preço da ração foi decisiva para este resultado. Oferecer alimentação verde aos animais continua com inflação ascendente.
Preços de insumos e serviços cresceram mais lentamente – Os conflitos na Ucrânia ainda repercutem no custo de produção de leite brasileiro. Mas, em abril, a taxa de inflação desacelerou e o ICPLeite/Embrapa atingiu 0,4%. Vale lembrar que em março este Índice foi de 2,7%.
O grupo Minerais registrou um crescimento preços de 5,9%, em função de componentes importados, que ainda chegaram ao mercado com preços ascendentes. Também o grupo Volumosos voltou a apresentar crescimento de preços por conta da variação positiva de diferentes adubos, o que levou o grupo a atingir crescimento de custos de 3,8% no mês. O grupo Sanidade e Reprodução teve variação de 1,9%, percentual puxado por elevação de preços do subgrupo Medicamentos. Já o grupo Energia e Combustível continuou mantendo a trajetória altista, com variação de 1,4%. O grupo Mão-de-obra não registrou variação, enquanto que Qualidade do Leite apresentou queda de -1,1%. A menor taxa de variação do mês foi registrada com a queda de preços do subgrupo Rações, o que fez os preços do grupo Concentrado retrair os preços em -1,8%.
O primeiro quadrimestre do ano fechou com o ICPLeite/Embrapa acumulando uma inflação de custos de 6,7%, puxada por três grupos de despesas. O grupo Minerais atingiu o patamar de 12,7%, seguido de perto pelos grupos Mão de Obra e Volumosos que apresentaram, respectivamente, 10,6% e 9,7%. O grupo Concentrado, que vinha apresentando comportamento altista, contribuiu para a redução da inflação de custos na atividade neste quadrimestre, sob impacto da queda de preços da ração, juntamente com os demais grupos.