Estar próximo, na cabeça e na boca do consumidor são objetivos de empresas de qualquer segmento e porte. E não dá para fazer isso sem uma comunicação integrada e que fale a mesma língua do cliente, seja qual for o papel da sua empresa na cadeia produtiva. Enganam-se quem pensa que a tarefa de comunicar e a obrigatoriedade de estarem nas redes sociais, revistas especializadas e até na mídia é uma tarefa somente do varejista. Produtores, indústria, distribuidores também precisam mostrar o seu valor para o cliente. Mas, como fazer isso?
Antes de entrar nesses detalhes é importante dizer que as pessoas, de um tempo para cá, estão cada vez mais usando os canais digitais para fazerem suas compras. E a pandemia vem trazendo mudanças mais significativas ainda. Segundo a Nilsen Company, em Março de 2020, o número de consumidores que compraram via e-commerce pela primeira vez cresceu 45%, volume maior que a média. E, sem dúvida nenhuma, é bem provável que esse cenário deixe de ser atípico e passe a fazer parte do dia a dia das pessoas. É só pensar no conforto e, muitas vezes, na economia que pode trazer. E quem não estiver preparado perderá mercado.
É importante salientar que os canais de distribuição no mundo digital facilitam o acesso do consumidor a um produto ou serviço específico com facilidade, além de mostrar credibilidade e deixar claro para cliente que ele pode confiar naquele produto e serviço. Cada vez mais as pessoas querem saber de onde vem o que consomem como foram produzidos esses itens e o trajeto que isso fazer até a sua mesa. E esse é o poder que a comunicação, o digital e a tecnologia colocam nas mãos de todos. Acredita-se que à medida que o comportamento de compra estabilize-se, após a COVID-19, é provável que muitos consumidores continuem a adotar soluções tecnológicas direcionadas ao fabricante. Isto representa uma oportunidade contínua para grandes e pequenos fabricantes avaliarem não só as suas plataformas de fidelidade, mas também os seus canais de vendas.
O que era tendência deixou de ser um diferencial para ser uma necessidade. Pensar em uma estratégia de e-commerce é quase que mandatório até mesmo para quem nunca imaginou ter que ingressar nesse mercado, como é o caso de frigoríficos e lacticínios.
Mas, além do comércio online existem outros canais aplicáveis no mundo digital que ajudam a trazer não só exposição como rentabilidade para os negócios, como páginas de blogs, aplicativos interativos; redes sociais, promoções e campanhas de publicidade, técnicas que ajudam a otimizar o ranqueamento no Google. Afinal, o digital tem o poder de unir elos, sejam eles: Fabricante+ distribuição+ varejista + consumidor final; produtores que entregam diretamente para o consumidor final; produtor e a indústria e os distribuidores; e por aí vai. Gosto sempre de citar um projeto que tive a oportunidade de trabalhar, de uma grande fabricante de macarrão instantâneo que criou um app que controla desde os fornecedores dos ingredientes usados na fabricação do alimento, as embalagens, passando por quem leva os produtos até os pontos de vendas; nas lojas monitora como são armazenados e posicionados na gôndola e a fabricante recebe um relatório com fotos de todos seus varejistas de sobre como o seu produto está na prateleira etc. Esse controle tem um só objetivo proximidade e segurança e ter a certeza que seu produto está chegando de forma adequada na mão do consumidor.
Sem dúvidas temos pela frente um cenário complexo, mas certamente estarão em vantagem às empresas que estiverem próximas do seu público e isso só é possível com uma estratégia de comunicação, que contemple tanto os meios convencionais, como revistas e jornais, e ambiente digital.