O Queijo do Marajó representa como poucos a identidade cultural e territorial da região norte do Brasil. Produzido na maioria das vezes em pequenas propriedades e com ‘saber-fazer’ de mais de dois séculos, o queijo de búfala do Marajó faz parte do patrimônio gastronômico do país.
“O Laticínio Artesanal Baio Péua, orgulha-se de carregar em seu DNA o terruá dos Campos do Marajó. Estamos na quarta geração de queijeiros em nossa família. Podemos nos considerar um exemplo, pois buscamos preservar e resguardar nossas tradições e os meios de praticá-la. Nossa queijaria é referência por ter história e identidade própria depois de tantas gerações”, conta Bruna Luiza Silva, produtora e filha de produtores do tradicional laticínio da região.
De acordo com Bruna, o queijo do Marajó pode ser definido como um produto obtido pela coagulação espontânea do leite de búfala desnatado, não pasteurizado e de massa cozida.
“Existem duas variedades do Queijo do Marajó: tipo creme e tipo manteiga. Nutricionalmente, podemos destacar pelo maior teor de vitaminas A, D e B2 e muitos estudos já afirmam que o leite bubalino não possui betacaseína A1 que é ligada a inflamações intestinais. E comparado ao leite de vaca, possui 59% mais cálcio, 47% mais fósforo e 30% menos colesterol”, explica.
E completa: “quanto suas características sensoriais, é um queijo leve, com textura macia, sutil, uma leve acidez e cremoso. Proporciona cada vez mais experiências gastronômicas únicas em diversos pratos de chefs renomados. Eu já pude elaborar uma linguiça de peixe com queijo do Marajó e como sobremesa um sorvete com pedaços de queijo”. Que delícia, não?!
O queijo do Marajó foi reconhecido através do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) com a Indicação Geográfica (IG) de procedência. “Atualmente, todo nosso trabalho está voltado para divulgar estas conquistas, e a procura cresceu bastante e com isso hoje é possível enviar nossos produtos para outras regiões”, finaliza Bruna Péua.
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